Vaidade, ira, preguiça, gula, avareza, inveja, luxúria. Sete pecados que podem estar minando sua satisfação com o corpo. A verdade é que esses vícios - comer sem limites, desânimo, irritação, apego etc. - estão presentes no cotidiano de todo ser humano, mas é o exagero o responsável pelos seus efeitos negativos, que podem culminar em várias reações físicas, até mesmo no temido aumento de peso.
"Na visão da Psicologia, os sete pecados capitais são estados de ânimo que geram consequências físicas e emocionais ao organismo. As emoções são transformadas em mensagens captadas pelo cérebro, enviadas para cada órgão correspondente, gerando uma resposta. Já os sintomas físicos sinalizam que algo não vai bem com o indivíduo", esclarece a psicóloga Cristiane Marchiori, do Centro Integrado de Medicina Preventiva e Nutrologia (CIMEP), em Curitiba (PR).
"Na visão da Psicologia, os sete pecados capitais são estados de ânimo que geram consequências físicas e emocionais ao organismo. As emoções são transformadas em mensagens captadas pelo cérebro, enviadas para cada órgão correspondente, gerando uma resposta. Já os sintomas físicos sinalizam que algo não vai bem com o indivíduo", esclarece a psicóloga Cristiane Marchiori, do Centro Integrado de Medicina Preventiva e Nutrologia (CIMEP), em Curitiba (PR).
Para o psicólogo clínico Wálter Vieira Poltronieri, pesquisador do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a relação do homem entre a emoção e a comida é natural, pois acontece desde o inicio da vida. "Já nascemos com as emoções sendo contidas pelo alimento. Um exemplo é o choro do bebê para receber o leite da mãe", destaca
O QUE FAZER?
É bom deixar claro que não estamos fadados a sofrer com o aumento do peso só porque cometemos um pecado ou outro. O primeiro passo deve ser dado na direção da alimentação saudável, que pode frear essas consequências
."Os alimentos certos são aliados para conter as emoções que não se manifestam de maneira positiva. Podem diminuir sintomas nos resultados de exames clínicos como glicose alta e alterações hormonais", ressalta Cristiane.
É bom deixar claro que não estamos fadados a sofrer com o aumento do peso só porque cometemos um pecado ou outro. O primeiro passo deve ser dado na direção da alimentação saudável, que pode frear essas consequências
."Os alimentos certos são aliados para conter as emoções que não se manifestam de maneira positiva. Podem diminuir sintomas nos resultados de exames clínicos como glicose alta e alterações hormonais", ressalta Cristiane.
Nutricionistas confirmam que os alimentos influenciam na manifestação desses efeitos: "Existem alimentos com propriedades especiais que atuam na prevenção de doenças: são os chamados alimentos funcionais", afirma o nutrólogo Edson Credidio, doutorando em Ciências de Alimentos e especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Saiba agora como cada pecado capital age no organismo e de que maneira é possível fugir dos excessos por meio dos alimentos indicados pelos especialistas. Mas, antes de escolher o seu, siga algumas dicas: "Mastigue devagar, inicie a refeição pela salada e afaste-se dos alimentos chamados 'calorias vazias' como refrigerantes, doces, chocolates e salgadinhos, entre outros", orienta a nutricionista Mariana Formagio, do CIMEP
Saiba agora como cada pecado capital age no organismo e de que maneira é possível fugir dos excessos por meio dos alimentos indicados pelos especialistas. Mas, antes de escolher o seu, siga algumas dicas: "Mastigue devagar, inicie a refeição pela salada e afaste-se dos alimentos chamados 'calorias vazias' como refrigerantes, doces, chocolates e salgadinhos, entre outros", orienta a nutricionista Mariana Formagio, do CIMEP
Descubra qual é o seu pecado
Não é fácil admitir a falta de controle ao se alimentar ou mesmo o desejo de possuir o que é do outro. Mas, antes de procurar a solução, deixe o constrangimento de lado e reconheça em qual desses vícios suas atitudes mais se aproximam. "Baseados nos sintomas que sofremos, podemos chegar à 'raiz' do processo emocional. Refletir sobre nossas condutas, saber de onde elas se originam, ajuda no autoconhecimento", diz a psicóloga Cristiane Marchiori.
Não é fácil admitir a falta de controle ao se alimentar ou mesmo o desejo de possuir o que é do outro. Mas, antes de procurar a solução, deixe o constrangimento de lado e reconheça em qual desses vícios suas atitudes mais se aproximam. "Baseados nos sintomas que sofremos, podemos chegar à 'raiz' do processo emocional. Refletir sobre nossas condutas, saber de onde elas se originam, ajuda no autoconhecimento", diz a psicóloga Cristiane Marchiori.
VAIDADE
O que é: desejo constante de atrair a admiração de outras pessoas; mostrar com extravagância os pontos positivos e esconder os negativos. O invejoso é motivado a manter uma imagem, o corpo, dentro dos padrões de estética. A atitude de querer se ver mais bonito não teria problema, não fosse a ansiedade exagerada pelo objetivo.
O que é: desejo constante de atrair a admiração de outras pessoas; mostrar com extravagância os pontos positivos e esconder os negativos. O invejoso é motivado a manter uma imagem, o corpo, dentro dos padrões de estética. A atitude de querer se ver mais bonito não teria problema, não fosse a ansiedade exagerada pelo objetivo.
Como se manifesta: a busca pela perfeição pode ir contra a própria saúde: "A pessoa pode deixar de comer, escolher alimentos hipocalóricos (com poucas calorias), fazer exercícios físicos em excessos, abusar de medicação que favoreça o emagrecimento, como laxantes e diuréticos", esclarece Cristiane. "O vaidoso é aquela pessoa que não mede esforço em manter tudo muito lindo na parte externa do corpo, mas nega seus desequilíbrios emocionais, seus conflitos internos", explica. O sentimento desregrado pode causar transtornos alimentares como a bulimia (em que a pessoa pode continuar acima do peso, mesmo colocando a comida para fora), ou a anorexia.
O que ingerir: abacate, cenoura, nozes, maçã, beterraba, salsão e mel. Todos esses alimentos apresentam polifenóis, que atuam na melhora do bem-estar físico e mental, e elevam a autoestima. |
IRA
O que é: emoção impulsiva a partir de um acontecimento específico, seja para alguém ou para si mesmo. A raiva excessiva leva à perda da racionalidade, logo, a cometer erros, seguida de arrependimento. "Quando nos deparamos com algum conflito intenso, o cérebro envia uma mensagem ao organismo de que as coisas não vão bem. Como resposta, no caso da raiva, o corpo produz adrenalina. É então liberado no organismo o cortisol, que estimula a defesa interna. Esse hormônio entra na corrente sanguínea e não encontra nenhuma bactéria para destruir, mas faz toda sua função que é armazenar lipídios e glicose (combustível necessário para atacar o corpo estranho não encontrado), transformados em energia", detalha a psicóloga Cristiane Marchiori. "Com o cortisol em excesso na corrente sanguínea, passamos a 'estocar' energia", completa.
O que é: emoção impulsiva a partir de um acontecimento específico, seja para alguém ou para si mesmo. A raiva excessiva leva à perda da racionalidade, logo, a cometer erros, seguida de arrependimento. "Quando nos deparamos com algum conflito intenso, o cérebro envia uma mensagem ao organismo de que as coisas não vão bem. Como resposta, no caso da raiva, o corpo produz adrenalina. É então liberado no organismo o cortisol, que estimula a defesa interna. Esse hormônio entra na corrente sanguínea e não encontra nenhuma bactéria para destruir, mas faz toda sua função que é armazenar lipídios e glicose (combustível necessário para atacar o corpo estranho não encontrado), transformados em energia", detalha a psicóloga Cristiane Marchiori. "Com o cortisol em excesso na corrente sanguínea, passamos a 'estocar' energia", completa.
Como se manifesta: o órgão mais afetado é o fígado, que, segundo Cristiane, retém a raiva que não é expressa e pode provocar condições como a prisão de ventre. A raiz do problema está ligada à liberação da raiva na comida. Quantas pessoas não comem desesperadamente após um momento de irritação? "Alguns buscam os alimentos que dão prazer imediato. Assim, cometem excessos", explica.
Nutricionistas indicam quais ingredientes atuam como aliados para conter as sensações que não se manifestam de maneira positiva, como desânimo e irritação
O que é: quem nunca sentiu uma preguicinha matinal ou vespertina, principalmente depois do almoço? Até aí tudo bem, mas este pecado capital diz respeito àquele indivíduo que não tem, quase nunca, ânimo para trabalhar, fazer exercício, ou outra ação que envolva força física. "Um exemplo de preguiça que pode influenciar no aumento de peso é a dinâmica familiar de criar os filhos com a oferta de guloseimas em troca da emoção. Há famílias que preferem compensar a frustação com comida do que se dedicar a criação dos filhos", exemplifica Cristiane Marchiori.
Como se manifesta: a preguiça de fazer exercícios físicos pode levar ao sedentarismo, ou seja, a caloria é consumida, mas não é gasta. O psicólogo Wálter Poltronieri completa: "O indivíduo preguiçoso pode ainda estar sem energia mental, graças a qualquer motivo que tenha gerado desânimo. Daí pode surgir a preguiça de lavar uma verdura e ele se rende ao fast food".
O que ingerir: alimentos que garantam energia, ânimo ao corpo e à mente: amendoim, caju, amêndoa, chá-verde, canela, brócolis (que ainda combate dores musculares) e grão de bico. |
O que é: definida pela Psicologia como uma compensação, forma de fuga e proteção em relação a algumas carências. "A busca pela satisfação imediata vem da necessidade de 'engolir' emoções, absorver questões alheias e assumir cargas. O aumento de peso contribui como suporte necessário para manter uma estrutura 'forte', que aguente a carga", analisa Cristiane.
Como se manifesta: o ato de comer sem controle, ir além do necessário, pode gerar problemas com gases, gastrite, indigestão e náuseas. "Mas a maior consequência é o aumento de peso. Nesses casos, é preciso perguntar a si mesmo o que não se está engolindo, digerindo e aceitando", orienta a psicóloga.
O que ingerir: abacaxi, que auxilia a digestão; arroz, principalmente o integral, rico em aminoácidos e vitamina B1; café, que tem poder de aumentar a termogênese (acelera o metabolismo e favorece a queima de gorduras); leite, porque o cálcio de alta qualidade auxilia na perda de peso e no controle do cortisol; salmão, que reduz o colesterol; maçã, que leva a gordura e açúcar para o intestino mais rápido; e nabo, um aliado na saciedade. |
O que é: o medo excessivo de perder algo que possui. Uma pessoa avarenta sente dificuldade de abrir mão do que tem mesmo que receba algo em troca e cuida dos seus pertences como uma pessoa egoísta.
Como se manifesta: além dos sintomas de melancolia, falta de ânimo e tristeza, que podem levar a descontar as emoções na comida, um comportamento típico na avareza em relação à alimentação, segundo Cristiane, é quando o indivíduo não se permite deixar porções de alimento no prato, para não jogar fora, mesmo que já esteja saciado. "Outro perigo é o de intoxicação alimentar, ao comer alimentos que não foram devidamente estocados para que se evite o desperdício", destaca a psicóloga.
O que ingerir: angélica, artemísia, calêndula, cidra, erva-de-são-joão, primavera e iogurte. "A infusão de cada uma dessas ervas auxilia no controle das catecolaminas e melhora o estado emocional. Já o iogurte regulariza a flora intestinal e produz toda gama de vitaminas do complexo B que estão diretamente ligadas ao sistema neurológico", explica Edson Credidio. |
INVEJA
O que é: este pecado capital pode ser definido como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de outra pessoa. Assim como a vaidade, é motivado pela imagem, mas, nesse caso, de se parecer com o outro, com o que não é ou não pode ser ou ter.
O que é: este pecado capital pode ser definido como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de outra pessoa. Assim como a vaidade, é motivado pela imagem, mas, nesse caso, de se parecer com o outro, com o que não é ou não pode ser ou ter.
Como se manifesta: um indivíduo invejoso pode comer excessivamente em uma única refeição, caso ele tenha dúvidas se poderá repeti-la novamente. Ele também não mede esforços para se parecer com o outro (exagera nos exercícios, come pouco para emagrecer, ou come determinado alimento em excesso se souber que outra pessoa o quer). "O invejoso não tem autoestima, se acha inferior e, por isso, se deixa levar pela alimentação errada", analisa Wálter Poltronieri.
O que ingerir: queijo branco, nozes, soja e seus derivados, lentilha, banana e ameixa. "São alimentos ricos em triptofano, substância responsável pela sensação de bem-estar e que pode elevar a autoestima. Ainda indico alguns carboidratos, como pães, cereais, massas e arroz, todos integrais", orienta a nutricionista Mariana Formagio. |
LUXÚRIA
O que é: desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual, material e carnal. É a cobiça desordenada pelos prazeres sexuais. Pode ser definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso.
O que é: desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual, material e carnal. É a cobiça desordenada pelos prazeres sexuais. Pode ser definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso.
Como se manifesta: segundo Cristiane, como a pessoa acometida por esse pecado lida com a imagem, pode querer estar sempre bem cuidada. No entanto, o excesso pode gerar ansiedade e levar ao prazer pelo alimento, sobretudo os que oferecem deleite, como os doces.
O que ingerir: agrião, laranja, inhame, milho e uva. "Estes alimentos atuam na regulação hormonal que é um dos fatores que podem levar à luxúria", esclarece Edson Credidio. Já a nutricionista Mariana Formagio recomenda alimentos calmantes: maracujá, coco, laranja, melancia, melão, chá de camomila. |
1. Opte pela alimentação saudável e coma devagar. 2. Substitua as sobremesas hipercalóricas por frutas da estação. 3. Ame a si mesmo, assuma o que há de melhor em você. 4. Fuja das dietas sem orientação médica. 5. Tenha mais pique, caminhe, dance, faça exercício físico. 6. Fuja do estresse, faça coisas de que goste e relaxe. 7. Não faça jejum prolongado e mantenha uma disciplina na hora das refeições. |